A dois anos atrás, coisa menos coisa, ouvíamos o Ministro Mário Lino a justificar as razões de escolher a Ota para o novo aeroporto.
Não entro em pormenores técnicos, por falta de competência para tanto. Todavia, agradava-me o local escolhido, por ser bem mais acessível a zona centro e também porque me parecia certo que o aeroporto fosse a norte de Lisboa, onde há um maior número de utilizadores do aeroporto.
Se bem nos recordamos das razões do ministro elas eram mais ou menos:
1ª. Razão: A construção na margem sul iria afectar os abundantes aquíferos daquela zona e causar danos irreparáveis à natureza.
2ª. Razão: Aquela área, para além de ser um corredor de aves migratórias, é também um santuário de reprodução, talvez único no nosso país. Por isso, em vez de, destruí-lo, deverá o homem recorrer a toda a sua inteligência para preservá-lo, ainda que, para isso, tenha que se sacrificar a localização do aeroporto.
3ª. Razão: Na Ota, o aeroporto ficará mais próximo da maioria dos utilizadores e este como já referi é já um bom argumento.
4ª. Razão: Os milhões que já se gastaram em estudos e todos a darem a Ota como a escolha mais acertada.
Eram quatro grandes razões, com argumentos mais que suficientes para que o ministro não precisasse de procurar outros justificativos. Bastava dar a conhecer a opinião dos Técnicos sobre esta matéria para que o assunto tivesse ficado por ai, mas não, infelizmente não foi isso que acontece, o ministro transformou o investimento mais importante para o Pais numa anedota.
E entretanto, acabou por ter que dar o dito pelo não dito, e o aeroporto voo para Alcochete, na altura em que foi feita a grande revelação da mudança de local, foi dito que a principal razão se devia ao facto de que em Alcochete, o Aeroporto seria mais barato, e seria construído em menor tempo.
Algumas das razões apresentadas para o decréscimo do custo, teria a ver com o facto de que os terrenos a usar, seriam, os já usados pelo campo de tiro de Alcochete,
para os comuns dos mortais, a decisão parecia acertada e se o estado já tinha os terrenos não precisaria de pagar indemnizações, para desapropriar os terrenos.
Tanto mais, que a factura deste novo aeroporto, vai ser paga por varias gerações, assim tudo o que se poupar, é lucro para o contribuinte.
No entanto eis que surgem noticias sobres os verdadeiros donos, dos terrenos, do campo de tiro e dos terrenos envolventes, eles vão desde a principal família de banqueiros do pais, a empresa que tem estado sobre grande pressão no ultimo ano a SLN.
Ou seja no final e depois de tudo contabilizado, será que a mudança e os custos serão realmente inferiores, aos custos de implementação na Ota, ou será que foi mais um bom negocio, para meia, dúzia de empresários, pouco escrupulosos, e no fim mais um negocio desastroso para o Estado Português e para todos os contribuintes.
O facto de ter voltado a falar, sobre o aeroporto da Ota, apenas tem a ver com o facto, de o mesmo ministro que durante tanto tempo fez finca pé a alteração do local do aeroporto, veio agora anunciar a traçado final para o TGV entre Lisboa e Ota.
Os cerca de vinte kilometros agora anunciados, iram custar ao contribuinte, cerca de mil milhões de euros, serão porventura os kilometros mais carros de toda a obra.
Será que o ministro, vai cair na mesma asneira de ser uma autentica anedota e continuar a insistir neste traçado, contra todo e contra muitos pareceres técnicos, que defendem a passagem pela margem sul do Tejo como mais vantajosa e muitíssimo mais barata.
Será que tal como acontece tantas vezes o Sr. Ministro esta a tentar compensar outros interesses, pelo facto de do aeroporto ter sido deslocado da Ota para Alcochete.
Como é possível que em tempo de recessão, o pais se prepare, para atirar fora tantos milhões, a sociedade civil tem que mostrar efectivamente um cartão vermelho a este senhores, que governam o nosso pais de acordo com lobbys e com a visão de ter que virem a ocupar um cargo numa qualquer grande empresa.
A CDU de Alenquer anunciou no passado domingo, que o actual vereador José Manuel Catarino vai candidatar à presidência da câmara de Alenquer
A câmara de Alenquer tem sido gerida por executivos socialistas liderados consecutivamente por Álvaro Pedro.
Nas próximas autárquicas o PS já anunciou que o candidato será Jorge Riso, vereador e vice-presidente da autarquia.
O autarca, que neste mandato assumiu os pelouros da Agricultura, Saúde e Juventude na Câmara, de maioria socialista, candidata-se pela terceira vez ao cargo de presidente da câmara de Alenquer, e foi o garante da gestão camarária nos últimos 4 anos.
Do lado do PSD, o partido concorre pela segunda vez com a Coligação pela Nossa Terra (PSD,CDS/PP,PPM,MPT) encabeçada pelo também vereador Nuno Coelho.